King Kong (2005), dir. Peter Jackson

--

Por mais pretensioso que esse filme seja (justificado pelo sucesso absoluto d’O Senhor Dos Anéis), ele se apresenta muito mais como uma homenagem à aventura original — chegando a copiar diálogos dos anos 1930 e criar cenas a partir de storyboards esquecidos 70 anos antes — do que uma simples (e preguiçosa) releitura.

Foto: Antônio Gaudério

O personagem-título convence e a trama tem considerável apelo visual (apesar de pouco narrativo), mas já exibe o triste traquejo que é a masturbação gráfica desprovida de qualquer raison d’être que se tornou a filmografia de Peter Jackson (especialmente a decepcionante trilogia d’O Hobbit).

Como história de monstro, cinema catástrofe ou até mesmo no gênero ação/aventura, esse filme pouco impressiona, mas a história do King Kong sempre foi um pouco mais do que isso e, por isso, ele funciona.

--

--