Indiana Jones And The Kingdom Of The Crystal Skull (2008), dir. Steven Spielberg

felipe caparelli
1 min readJun 24, 2021

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O quarto volume da série resgata todos os elos fracos da trilogia original e usa-os à exaustão para condicionar um roteiro irrisório conduzido por personagens sem carisma, à exceção óbvia do protagonista. Apesar de alguns acertos (a ambientação durante a Guerra Fria, as cenas de ação intensas embora exageradas, as divertidas autorreferências), o filme peca ao deixar de lado os principais êxitos que consagraram a franquia — e o herói — Indiana Jones.

A trama abandona a narrativa pulp dos anos 1980 (ou 1930) de seus predecessores e torna-se quase que uma ficção espacial reunindo os piores clichês do cinema da primeira década do século 21. A metáfora da corrida nuclear disfarçada de busca pelo conhecimento representada pela epônima Caveira de Cristal não se sustenta nem enquanto mitologia, quem dirá como força motriz de uma aventura com pretensões épicas mas que acaba beirando o ridículo.

Aqui os deuses eram de fato astronautas. Mas era bem melhor quando a gente ainda não sabia e eles eram só deuses mesmo.

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